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sábado, 29 de junho de 2013

Certa vez, era numa manhã de um dia bonito, eu estava de plantão numa delegacia. Quando de repente, apareceram presos entorno de seis pessoas, com uma mesma camiseta com os seguinte dizeres: Associação dos desempregados do Estado do Acre.
Eram na verdade, trabalhadores "pirangueiros" de moto-táxi; vendedores de CD e DVD "piratas". Mas eram acima de tudo pessoas lutando pela sobrevivência e não deixar sua família e seus filhos passar fome.
Outro dia no centro da cidade vi uma cena comovente. Era uma senhora humilde de cor negra que vendia antenas para televisão e pares de meias. Momento em que avistou a polícia fiscal teve que correr como uma bandida qualquer, pena que era uma pessoa até evangélica, pobre, humilde, mas decente que acompanhava seu marido já há tempo na mesma profissão.
Foram todos detidos. Porém, ficou naquele ato um triste protesto. Onde vi claramente como o estado trata os desvalidos, como "classes perigos". Um termo preconceituoso que estende-se às classes pobres: de biscaiteiros, trabalhadores informais, pequenos comerciantes, simples funcionários públicos e àqueles farrapos humanos que vivem sem emprego no entre-grades, ou seja, entrando e saindo da prisão.
O controle social e política da higienização não perdoa menos providos, inclusive tive que ver mais de dez prisões num só dia por causa de pequenas contas a pagar. Nenhuma conta passava de R$ 600,00, tinha umas de R$ 60,00. Enquanto, como sabemos o governo não perdoa seus impostos, mesmo não oferecendo o trabalho.

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